Eventos de grande impacto, como uma pandemia, fazem-nos olhar para a nossa saúde mais atenta e cuidadosamente.

Pensamos em todos os cuidados que podemos e devemos ter na prevenção de doenças, como a Covid-19, e recorremos, muitas vezes, por intuição ou por recomendação do farmacêutico de confiança a suplementos e vitaminas que nos ajudam no reforço e fortalecimento do nosso sistema imunitário.

Um, em particular, chamou a atenção de cientistas e investigadores, que decidiram estudar mais aprofundadamente a sua importância, nomeadamente nesta época que atravessamos – a vitamina D.

Porquê a Vitamina D?

Este suplemento vitamínico não cura nenhuma patologia, obviamente, mas é já sobejamente conhecido o seu efeito positivo no sistema imunitário e a sua relevância na prevenção e controlo de algumas doenças como osteoporose (juntamente com o cálcio) e infecções respiratórias.

Porque parece ser tão importante relativamente à Covid-19?

De acordo com estudos recentes, a vitamina D reforça o sistema imunitário de várias formas, sendo que uma delas é aumentando os peptídeos microbianos, que funcionam como antibióticos naturais e antivirais.

É um facto comummente conhecido que uma larga percentagem da população (40% só no caso dos E.U.A.) tem um défice de vitamina D. Foi notado que os grupos de maior risco de sofrerem de doença severa no caso desta pandemia eram os mais susceptíveis de apresentar baixos índices desta vitamina, os de maior risco de contrair a doença e de sofrer um aumento de células que favorecem inflamações e diminuem, assim, a protecção do nosso organismo – isto impulsionou o surgimento de vários estudos observacionais. Muitas são as evidências que sustentam esta teoria, havendo também, como seria previsível, outras que a contrariam, pelo que é uma matéria que continuará em estudo.

De qualquer forma e, dadas as evidências e os imensos benefícios já comprovados da vitamina D para a saúde em geral, é conveniente que se mantenham os seus níveis equilibrados, que dependem de pessoa para pessoa, através da alimentação, da exposição solar ou, se necessário da suplementação. É importante que, neste último caso, o faça de acordo com as recomendações do médico ou farmacêutico.