A asma é a doença crónica que mais rapidamente tem aumentado no mundo ocidental, afetando cerca de 6% dos Europeus e aproximadamente 300 milhões de indivíduos em todo o mundo.

É uma doença respiratória crónica causada pela inflamação das vias aéreas e não escolhe idades, culturas ou localizações geográficas. Apesar dos esforços para reduzir a sua morbilidade e mortalidade, a doença é cada vez mais predominante, especialmente entre crianças.

Esta não é, apesar de tudo, uma doença impeditiva de um estilo de vida dito normal e activo – qualquer pessoa pode manter uma elevada qualidade de vida, com um tratamento adequado ao nível do seu problema, e inclusivamente, muitos atletas de competição (profissionais, olímpicos, etc.) convivem com esta doença, sem que esta prejudique o seu rendimento.

O que se verifica na asma é que as vias aéreas cronicamente inflamadas são hiperreactivas e ficam obstruídas, limitando o fluxo aéreo quando são expostas a determinados fatores ambientais, como por exemplo alergénios e irritantes – entre os sintomas mais comuns estão a pieira, a falta de ar, a opressão torácica e a tosse, em especial à noite ou de manhã cedo.

Poderão ser, então, causas da referida hiperreactividade das vias aéreas:

• Alergénios – ácaros domésticos (na roupa de cama, nos tapetes e nos estofos felpudos), pêlo de animais, baratas, pólenes e mofo;
• Irritantes ocupacionais (através da inalação de partículas ou de vapores);
• Fumo de tabaco;
• Poluição aérea;
• Infeções respiratórias;
• Exercício, emoções fortes;
• Irritantes químicos e medicamentos (tais como aspirina e beta-bloqueadores)

Por ser uma inflamação cronicamente presente (apesar das crises serem, na maior parte dos casos, esporádicas), a medicação deve ser administrada diariamente com a finalidade de controlar os sintomas, melhorar a função pulmonar e prevenir as tais crises.

Para isso, é necessário um acompanhamento médico para um correcto diagnóstico (através da história clínica, sintomas, circunstâncias em que ocorrem e fatores que os desencadeiam, juntamente com as provas de função respiratória) da asma e controlo, minimizando, assim, qualquer efeito negativo no quotidiano dos doentes.