Como reconhecer um Melanoma
Cada vez mais se tem vindo a discutir os perigos do sol. As radiações emitidas chamadas de ultravioleta (UV) representam grande parte da radiação que atinge a população e pode trazer vários danos à pele, desde as queimaduras solares ao Melanoma.
O número de pessoas com melanoma tem aumentado ano após ano. Segundo a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, APCC, são diagnosticados cerca de 12000 novos casos de cancro de pele por ano. Mas, há formas de reduzir o risco de desenvolver a doença.
As radiações UV podem ser do tipo A, que representam 95% dos raios que atingem a superfície da Terra, são indolores e penetram na pele até às células da derme. A longo prazo, podem alterar o comportamento das células e provocar envelhecimento da pele (perda de firmeza e aparecimento de rugas), intolerâncias solares, desregulações de pigmentação e desenvolvimento de cancros cutâneos.
As radiações do tipo B apenas representam cerca de 5% dos raios que atingem a Terra e são responsáveis pelo bronzeado, queimaduras e eventuais reações alérgicas ou cancros cutâneos.
O que é o Melanoma?
O Método mais conhecido e mais fácil de identificar sinais de Melanoma é o método ABCDE.
ASSIMETRIA Metade do sinal não coincide com a outra metade.
BORDO IRREGULAR As extremidades do sinal são irregulares, sem padrão, abruptos ou mal definidos.
COR A cor do sinal não é uniforme. Pode haver diferentes tonalidades de castanho ou preto, e por vezes avermelhados, azulados ou brancos.
DIÂMETRO O sinal é maior do que 6 milímetros – o equivalente à ponta de borracha de um lápis. Contudo, existem melanomas inferiores a 6mm.
EVOLUÇÃO Confirmar se há mudança na cor, na forma ou na aparência.
Principais fatores de risco
- Excesso de exposição à radiação UV
- Pessoas com antecedentes de queimaduras solares na infância
- Histórico familiar de Melanoma
- Muitos sinais ou sinais atípicos
- Doentes a tomar imunossupressores, sintomas genéticos, portadores de mutações genéticas específicas (CDKN2A, CDK4, MITF)
- Frequentador de solário
- De facto, qualquer pessoa está em risco pois o melanoma pode surgir em pessoas que não tenham tido comportamentos de risco. Sugerimos um auto-exame mensal com auxílio dos familiares e uma visita, no mínimo, anual ao dermatologista.
Como prevenir?
Manter-se ao sol apenas nas horas de menor calor pode ajudar a evitar a exposição excessiva às radiações. A vitamina D é sintetizada devido à exposição solar e promove a saúde das articulações e ossos. Também tem sido associada à prevenção de certos tipos de cancro e doenças auto-imunes. No entanto, as horas de maior calor, entre as 11horas e as 16horas, não são essenciais. Além disso pode seguir as seguintes medidas:
- Proteja a pele 365 dias por ano , até nos dias mais nublados ou chuva
- Em pele mais clara, reforce a proteção pois, quanto mais clara for a pele, mais forte deverá ser o fator de proteção solar (SPF). No mínimo recomendamos SPF30
- Não se deve esquecer das outras zonas além do corpo ou rosto. O chapéu, óculos de sol e peças de roupa também protegem da radiação e o cabelo também deve ser protegido
- Beber bastantes líquidos, principalmente nos dias de maior exposição solar
- Utilizar um produto pós-solar após a exposição como o Posthelios Gel da La Roche Posay.